Tem coisas que só de pensar, já bate aquela angústia.
Talvez isso seja pontual, como uma apresentação no trabalho ou uma prova para tirar a CNH. Ou talvez você lide com isso com frequência.
Seja qual for o caso, a psicologia tem um método comprovado que pode melhorar a qualidade de vida.
Conheça os benefícios da terapia cognitivo comportamental para ansiedade.
Faça sessões de Terapia Cognitivo Comportamental (ou TCC*) para controlar a ansiedade.
E lembre-se de buscar um profissional de psicologia de confiança e com CRP ativo.
*Não confundir com TCC acadêmico - esse aí gera ansiedade mesmo, não tem jeito.
Terapia cognitiva comportamental é o nome de uma série de técnicas para diminuir o sofrimento psicológico. [1]
A lógica da TCC assume que mudar comportamentos leva a mudanças nos pensamentos e emoções.
Por isso, é um tipo de terapia para ansiedade bem mão na massa, focada em alterar respostas emocionais, além de padrões de pensamentos e de comportamentos.
Os estudos entendem que cada pessoa tem situações específicas despertam a ansiedade, e que cada caso é um caso.
Mas apesar disso, as pesquisas têm encontrado diversos pontos em comum, que tornam os transtornos mais semelhantes do que diferentes. [2][3][4]
E é por isso que a TCC foca em mudar a maneira como as pessoas reagem à situações negativas antes delas acontecerem - o que, de certa forma é o que significa a ansiedade.[5]
Para ilustrar os benefícios, trouxemos uma revisão de estudos que inclui a aplicação da TCC em casos clínicos variados, comparados com placebo.[6]
Estamos falando de estresse pós-traumático, transtorno obsessivo compulsivo, síndrome do pânico, ansiedade social, entre outros. Só caso brabo.
Esses estudos mostraram que a TCC trouxe uma melhora significativa nos sintomas de ansiedade, depressão e no bem-estar geral, quando comparada com o placebo.
Outros estudos evidenciam que a TCC focada em transtornos de ansiedade tem resultados positivos bastante consistentes.[7][8][9][10]
A TCC costuma acontecer em sessões semanais, de aproximadamente uma hora cada, e tende a durar entre 10 a 20 sessões.
Podem ser feitas com pequenos grupos, em família ou individualmente. Cada caso é um caso.
E a prática inclui uma variedade de técnicas e estratégias, como por exemplo:
Psicoeducação: conteúdo didático para ajudar o paciente a entender própria condição;
Reestruturação cognitiva: identificar e substituir os padrões de pensamentos por opções mais positivas;
Exposição: aprender a enfrentar medos em vez de evitá-los, por exemplo.
Ativação comportamental: aumentar a exposição em novas atividades, como exercícios específicos, por exemplo.
Treinamento de relaxamento: reduzir o estresse através de exercícios de respiração, relaxamento muscular e outras experiências sensoriais.
Lição de casa: levar o que aprendeu na sessão para o mundo real;
Prevenção de recaídas: aprender como desenvolver essas mudanças de forma duradoura.
Eliminar a ansiedade por completo é utopia.Mas é possível se relacionar com ela de forma bem mais saudável.
Conhecer os seus próprios gatilhos, e aprender a lidar com eles, é também uma maneira de se conhecer melhor.
Além de tirar um peso dos ombros, viver com a ansiedade sob controle permite se relacionar melhor com outras pessoas e levar um dia a dia muito mais leve.
[1] Chambless D. Ollendick TH. Empirically supported psychological interventions: Controversies and evidence. Annu Rev Psychol. 2001.
[2] Hofmann S G. Smits J A J. Cognitive-behavioral therapy for adult anxiety disorders: A meta-analysis of randomized placebo-controlled trials. J Clin Psychiat. 2008.
[3] Norton P J. Price E C. A meta-analytic review of adult cognitive-behavioral treatment outcome across the anxiety disorders. J Nerv Ment Dis. 2007.
[4] Olatunji B O. Cisler J M. Deacon B J. Efficacy of cognitive behavioral therapy for anxiety disorders: a review of meta-analytic findings. Psychiatr Clin North Am. 2010.
[5] Watts S E. Turnel l A. Kladnitski N. Newby J M. Andrews G. Treatment-as-usual (TAU) is anything but usual: A meta-analysis of CBT versus TAU for anxiety and dépression. J Affect Disorders. 2015.
[6] Carpenter JK, et al. Cognitive behavioral therapy for anxiety and related disorders: A meta-analysis of randomized placebo-controlled trials. Depress Anxiety. (2018)
[7] Butler AC, Chapman JE, Forman EM, et al. The empirical status of cognitive-behavioral therapy: a review of meta-analyses. Clin Psychol Rev. 2006.
[8] Chambless DL, Ollendick TH. Empirically supported psychological interventions: controversies and evidence. Annu Rev Psychol. 2001.
[9] Gould RL, Coulson MC, Howard RJ. Cognitive behavioral therapy for depression in older people: a meta-analysis and meta-regression of randomized controlled trials. J Am Geriatr Soc. 2012.
[10] Hofmann SG, Asnaani A, Vonk IJ, et al. The Efficacy of Cognitive Behavioral Therapy: A Review of Meta-analyses. Cognit Ther Res. 2012.